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sábado, 13 de novembro de 2010

Salário Mínimo 2011

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita Dilma Rousseff querem fixar em no máximo R$ 550 o valor do salário mínimo no próximo ano. Isso daria um aumento real de 2,2%, abaixo dos 7,7% reivindicados pelas centrais sindicais.

Dilma discutirá salário mínimo com centrais na próxima semana

Depois de voltar da viagem à Coreia do Sul, a presidente eleita, Dilma Rousseff, deve iniciar as conversas com integrantes das centrais sindicais sobre o reajuste do salário mínimo. Na terça-feira (16), o Congresso deve começar a votar a proposta inicial — que aumenta para R$ 538 o atual salário (R$ 510).

Nos últimos anos, o reajuste do mínimo foi baseado no cálculo que leva em consideração o crescimento do PIB e a inflação do ano anterior. Como em 2009 o PIB regrediu, as centrais sindicais, o governo e o Congresso Nacional vêm tentando, nas últimas semanas, chegar a uma nova fórmula para não prejudicar a evolução do reajuste.

A expectativa das centrais é que, em 2011, haja uma antecipação do índice previsto para 2012. Para o próximo ano, CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, Nova Central e UGT defendem reajuste do mínimo para R$ 580, dando continuidade à política de valorização iniciada no governo Lula.

Assim, as centrais se basearam na projeção de crescimento do PIB para 2010, de 7,5%, para consolidar um novo cálculo. Com a previsão de inflação de cerca de 4,5%, tem-se uma soma de 13%. Assim, o atual valor do SM, de R$ 510, seria convertido, em números redondos, para os já citados R$ 580.

“Esse será o reajuste pelo qual lutaremos nas próximas semanas, junto aos deputados, aos ministros da área econômica e com quem for necessário em Brasília. Temos que manter os reajustes do salário mínimo e continuar a política iniciada pelo governo Lula”, explicou o presidente da CTB.


“Os R$ 538 estão na peça orçamentária. O presidente Lula e a presidenta eleita devem analisar na volta de Seul”, afirma o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. “As centrais estão propondo antecipação do reajuste de 2012 para dar um reajuste um pouco maior. A previsão da economia para este ano é de 8%, mais 4,5% de inflação. O reajuste em 2012 seria em torno de 12%.”

Estamos diante de uma discussão polemica nesse último período de 2010, qual será o novo salário mínimo para 2011 o governo federal defende a proposta de aproximadamente um reajuste de 550, as centrais sindicais propõe o valor de R$ 580,00 a oposição R$ 600,00.....

Salário de Miséria

Por: Luiz Rogério da Silva

Foi candidato a Deputado Estadual Pelo Partido Verde de SP, formado em Conselheiro em Direitos Humano SP e ex- estudante de Ciências Sócias e Filosofia pela PUC-SP.

Segundo o Dieese, para termos uma vida condições mínimas de sobrevivência o salário mínimo teria que ser superior em 4 vezes ao proposto pelo governo atual. Não é impossível, basta que nossos parlamentares sejam coerentes com sua função e que tenham compromisso com os menos favorecidos, imaginem quanto se gasta com corrupção neste país, que através de parlamentares em função do privado saqueiam os cofres públicos todo mês, desviam verbas de setores deficientes como saúde, educação, moradia....quantos paraísos fiscais espalhados pelo mundo, quanto tráficos de influência sendo feitos em benefícios de poucos.O congresso brasileiro esta sendo tomado de assalto cria-se uma verdadeira camarilha de interesses.Mas que nunca somos responsáveis por esses atos, pois somos nos que elegemos nossos representantes. Este ano de 2010 os trabalhadores terão muitas dificuldades em aprovar leis que os beneficiem, pois nunca se elegeu tantos deputados representantes dos interesses do empresariado, leis que tramitam no congresso como a flexibilização das leis Trabalhista, Reforma da Previdência entre outras que vêem em contra mão as conquistas históricas dos trabalhadores que derramaram seu sangue. A chamada CLT( Consolidação das Leis Trabalhistas), não foi um presente mas uma conquista histórica de lutas e reivindicações. Votar em pessoal se conhecimento prévio de seu passado de sua historia pode custar caro para o Brasil.

Já segundo fonte do DIEESE

Período Salário Mínimo

Salário Nominal Necessário

2010

Outubro

R$ 510,00

R$ 2.132,09

Fonte. DIEESE



Salário mínimo nominal: salário mínimo vigente.

Salário mínimo necessário: Salário mínimo de acordo com o preceito constitucional "salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim" (Constituição da República Federativa do Brasil, capítulo II, Dos Direitos Sociais, artigo 7º, inciso IV). Foi considerado em cada Mês o maior valor da ração essencial das localidades pesquisadas. A família considerada é de dois adultos e duas crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto. Ponderando-se o gasto familiar, chegamos ao salário mínimo necessário.

Enquanto isso no congresso

RUTH DE AQUINO
é diretora da sucursal de ÉPOCA no Rio de Janeiro

Parece filme de vampiro. A guerra por aumento de salários no Judiciário, Legislativo e Executivo, antes da posse da presidente eleita, é um trailer do que vem por aí. O salário mínimo de R$ 600 é “tró-ló-ló”, segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Então, por favor, parlamentares e servidores, parem de delirar. Caiam na real. A oitava economia do mundo não pode ter uma educação semelhante à do Zimbábue. Um país recordista em tributação não pode extrair, de cada cheque dos brasileiros, um pingo de sangue para consertar a saúde.

Vamos aos números – tirem as crianças da sala, porque os próximos dois parágrafos beiram a obscenidade. O Judiciário quer 56% de aumento para os servidores! O impacto seria de R$ 6,7 bilhões no Orçamento. “Meio delirante”, disse o ministro Paulo Bernardo. Os juízes do Supremo querem 14,7% e passariam a ganhar R$ 30.600. O impacto seria de R$ 450 milhões no Judiciário. São os mesmos ministros que não conseguiram decidir sobre a Ficha Limpa antes da eleição. Eles já ganham mais que o dobro do presidente. Lula hoje recebe R$ 11.420. Os deputados e senadores, para tentar convencer a sociedade de que precisam aumentar seu salário-base de R$ 16.500, propõem pagar melhor a Dilma. A presidente eleita quer reajustar os vencimentos dos ministros, hoje defasados em R$ 10.700. “Caso contrário”, disse Dilma, “não vamos ter ministros no Brasil.”

Essa dinheirama toda não leva em conta a verba extra dos parlamentares. O Congresso brasileiro gasta, segundo pesquisa da organização Transparência Brasil, R$ 11.545 por minuto. Só o Congresso dos Estados Unidos gasta mais que o nosso. De acordo com levantamento do site jornalístico independente Congresso em Foco, cada um de nossos 513 deputados federais custa pelo menos R$ 99 mil por mês. Cada um dos 81 senadores custa pelo menos R$ 120 mil por mês. Por quê? Por causa dos extras. Auxílio moradia, passagens aéreas, postagem, telefone, gasolina, carros, gastos de gabinete, plano de saúde. Para “contratação de funcionários”, cada senador dispõe de R$ 82 mil por mês e cada deputado federal de R$ 60 mil por mês. E ainda haveria, além do 13º salário, o 14º e o 15º, disfarçados de “ajuda de custo” no início e no fim do ano.

Toda democracia precisa de um Congresso – atuante, sério, respeitado, consequente. Os custos são altos ou baixos, dependendo do que a sociedade recebe em troca. Alguém lembra de 1993, quando Lula, ainda na oposição, disse que havia 300 picaretas no Congresso? É recesso demais, escândalo demais, briguinha demais, quórum insuficiente demais e falta de foco em incontáveis debates. Eles são servidores, somos nós que pagamos seus vencimentos. O bolo do Orçamento é um só. E a sociedade já elegeu suas prioridades. Só falta agora tentarem empurrar goela abaixo dos brasileiros a culpa por uma saúde indigente – CPMF, CCS ou o que seja, que tal parar de delirar, como diz o ministro Paulo Bernardo?

Continuamos com uma grande desigualdade no que se refere a distribuição de renda deste país. Enquanto poucos ganham muito, muitos ganham pouco. Necessitamos de uma urgente distribuição de renda no Brasil e no mundo, segundo pesquisas 1% da população adulta detém 40% da riqueza mundial, indica estudo

Dois quintos da riqueza mundial estão concentrados nas mãos de 37 milhões de indivíduos, ou 1% da população adulta, segundo indica um estudo da Universidade das Nações Unidas lançado em Londres nesta terça-feira.

Por:Carlos Anjos, Conselheiro da ASFIC

Se considerados os 10% mais ricos do mundo, a proporção da riqueza mundial nas mãos desse grupo é de 85,2%.

Na outra ponta, os 50% mais pobres do mundo são donos de apenas 1% da riqueza global.

O estudo, compilado no livro "Personal Wealth From a Global Perspective" (Riqueza pessoal a partir de uma perspectiva global), é a mais ampla iniciativa para investigar o tamanho da desigualdade na distribuição da riqueza pelo mundo.

Mas ele adverte que a desigualdade extrema - como no caso do Brasil - é prejudicial ao crescimento econômico. Segundo ele, a desigualdade deve ser combatida principalmente em setores como educação.

Concentração entre países

A compilação de dados das pesquisas coordenadas por Davies mostram também o nível de concentração da riqueza individual entre os países.

Dois países - Estados Unidos e Japão - concentram 64,3% dos indivíduos entre o grupo de 1% mais ricos do mundo. O Brasil tem 0,6% dos indivíduos nesse grupo, que representam aqueles com patrimônio superior a US$ 512,4 mil.

Entre os 10% mais pobres do mundo, 26,5% estão na Índia, 6,4% na China e 2,2% no Brasil. Os Estados Unidos têm apenas 0,2% de sua população nesse grupo, com patrimônio total inferior a US$ 178.

Os dados da pesquisa mostram ainda que, apesar do forte crescimento da China nas últimas três décadas, os chineses ainda concentram apenas 2,6% da riqueza mundial, apesar de representarem 22,8% da população.

Os indianos, que são 15,4% da população mundial, detêm 0,9% da riqueza global. Na África, que tem 10,2% da população, está apenas 1% da riqueza mundial.

Na outra ponta, a América do Norte, com 6,1% da população mundial, concentra 34,4% da riqueza, enquanto a Europa, que tem 14,9% da população, detém 29,6% da riqueza.

O grupo de países ricos da Ásia e do Pacífico, que inclui o Japão, tem apenas 5% da população mundial, mas concentra 24,1% da riqueza global.

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