Fiz uma adaptação de um trabalho que levamos alguns anos para construir, trata da questão da diferença entre Organização politica e Movimento Social para aqueles que querem compreender qual é a relação entre Partido e movimentos de natureza de reivindicação.
A razão de ser da organização política Partidária
Adaptação Luiz Rogério da Silva.
Original. Socialismo Libertário um projeto politico em construção
Atenção. algumas passagens podem parecer estranhas pois tratamos de uma outra perspectiva de atuação e outros atores sociais
De maneira geral entendemos que a função do Partido Político que trabalhamos para construir é coordenar os diferentes níveis nos quais atuamos: propaganda das idéias, construção teórica e programática, organização das lutas mais ou menos violentas das classes trabalhadoras e movimentos sociais (espaços de trabalho, bairros, ocupações, escolas, universidades, etc.).
Entendemos que deve ser uma discussão e uma decisão coletiva e horizontal da organização colocar mais energia nesta ou naquela atividade em determinando momento. Apesar de serem necessárias várias frentes e modalidades de atuação toda organização tem limites: tem um número restrito de membros, tem
necessidades materiais e financeiras que podem limitá-la, tem dificuldades internas, etc. Nesta situação torna-se impossível atuar em tudo. Além disso, a organização deve analisar a realidade, avaliar em que campo é mais interessante atuar num dado momento. Isso obriga a escolher certas atividades com critério. E isso não é privilégio de uma organização, qualquer grupo, por menor que seja, qualquer indivíduo escolhe o que vai fazer, prioriza determinadas atividades em detrimento de outras que avalia menos importantes. Muitas vezes estas opções não são pensadas e se cometem erros, se desperdiçam energias, pessoas se frustram e se afastam. Uma das tarefas da organização é avaliar onde vamos depositar nossas energias. Existindo um objetivo, uma estratégia, as táticas são decorrentes.
Outro ponto fundamental para nós é compreender a distinção que existe entre organização Partido Político e os movimentos sociais. Tratamos deste tema quando abordamos os movimentos sociais autônomos e combativos, mas queremos fazê-lo pela ótica da organização anarquista neste ponto. Nós não buscamos um movimento de massas, por que não avaliamos que isso seja viável e interessante politicamente.
Logicamente a organização política Partidária tem uma concepção de movimento social, procura discutir previamente sua intervenção nos movimentos nos quais atua, pois está ali com uma intenção política. Entretanto, como concebemos o movimento social como protagonista, como agente histórico, a função da organização é de impulsionar e não controlar, aparelhar, esvaziar ou limitar o movimento social.
É a organização que serve o movimento e não o movimento que serve à organização. Dizemos isso sem nenhum tipo de purismo em relação aos movimentos sociais, a organização atua ali, defendendo posições, combatendo reformistas e procurando o avanço de consciência para além do campo reivindicativo e ao fazer isso muitas vezes entra em conflito com outras pessoas do próprio movimento social.
Ou seja, o papel central de uma Partido Político não é o de subordinar o movimento social ao seu projeto revolucionário. É claro que se o movimento social autônomo caminhar no mesmo sentido do programa da organização política para o nível social melhor, mas se não caminhar o que devemos fazer é compreender o grau de amadurecimento das próprias classes trabalhadoras e não forçar que estas assumam programas mais radicais do que são capazes de assumir.
A organização política deve coordenar a atuação em vários níveis de ação para que a luta de classes possa avançar cada vez mais num sentido revolucionário. Para isso deve atuar nos movimentos sociais autônomos para que estes ganhem em grau de combatividade, deve fazer propaganda e agitações que acrescentem novos horizontes para as classes trabalhadoras, ao mesmo tempo em que se aprofunda na análise da realidade histórica onde se atua e nas formas como se pretende transformar a realidade, seja elas violentas ou não.
O que dizemos aqui é que o movimento social possui limites para transformar a realidade por sua própria característica mais reivindicativa e por sua estrutura mais frouxa, que facilita a repressão seletiva dos elementos mais combativos. Além disso, as instâncias dos movimentos sociais, por se preocuparem prioritariamente com problemas mais imediatos, não conseguem ter o tempo e o preparo suficientes para a construção de uma análise e a elaboração de um programa para a atuação mais eficaz na realidade onde se trabalha.
A razão de ser da organização política Partidária
Adaptação Luiz Rogério da Silva.
Original. Socialismo Libertário um projeto politico em construção
Atenção. algumas passagens podem parecer estranhas pois tratamos de uma outra perspectiva de atuação e outros atores sociais
De maneira geral entendemos que a função do Partido Político que trabalhamos para construir é coordenar os diferentes níveis nos quais atuamos: propaganda das idéias, construção teórica e programática, organização das lutas mais ou menos violentas das classes trabalhadoras e movimentos sociais (espaços de trabalho, bairros, ocupações, escolas, universidades, etc.).
Entendemos que deve ser uma discussão e uma decisão coletiva e horizontal da organização colocar mais energia nesta ou naquela atividade em determinando momento. Apesar de serem necessárias várias frentes e modalidades de atuação toda organização tem limites: tem um número restrito de membros, tem
necessidades materiais e financeiras que podem limitá-la, tem dificuldades internas, etc. Nesta situação torna-se impossível atuar em tudo. Além disso, a organização deve analisar a realidade, avaliar em que campo é mais interessante atuar num dado momento. Isso obriga a escolher certas atividades com critério. E isso não é privilégio de uma organização, qualquer grupo, por menor que seja, qualquer indivíduo escolhe o que vai fazer, prioriza determinadas atividades em detrimento de outras que avalia menos importantes. Muitas vezes estas opções não são pensadas e se cometem erros, se desperdiçam energias, pessoas se frustram e se afastam. Uma das tarefas da organização é avaliar onde vamos depositar nossas energias. Existindo um objetivo, uma estratégia, as táticas são decorrentes.
Outro ponto fundamental para nós é compreender a distinção que existe entre organização Partido Político e os movimentos sociais. Tratamos deste tema quando abordamos os movimentos sociais autônomos e combativos, mas queremos fazê-lo pela ótica da organização anarquista neste ponto. Nós não buscamos um movimento de massas, por que não avaliamos que isso seja viável e interessante politicamente.
Logicamente a organização política Partidária tem uma concepção de movimento social, procura discutir previamente sua intervenção nos movimentos nos quais atua, pois está ali com uma intenção política. Entretanto, como concebemos o movimento social como protagonista, como agente histórico, a função da organização é de impulsionar e não controlar, aparelhar, esvaziar ou limitar o movimento social.
É a organização que serve o movimento e não o movimento que serve à organização. Dizemos isso sem nenhum tipo de purismo em relação aos movimentos sociais, a organização atua ali, defendendo posições, combatendo reformistas e procurando o avanço de consciência para além do campo reivindicativo e ao fazer isso muitas vezes entra em conflito com outras pessoas do próprio movimento social.
Ou seja, o papel central de uma Partido Político não é o de subordinar o movimento social ao seu projeto revolucionário. É claro que se o movimento social autônomo caminhar no mesmo sentido do programa da organização política para o nível social melhor, mas se não caminhar o que devemos fazer é compreender o grau de amadurecimento das próprias classes trabalhadoras e não forçar que estas assumam programas mais radicais do que são capazes de assumir.
A organização política deve coordenar a atuação em vários níveis de ação para que a luta de classes possa avançar cada vez mais num sentido revolucionário. Para isso deve atuar nos movimentos sociais autônomos para que estes ganhem em grau de combatividade, deve fazer propaganda e agitações que acrescentem novos horizontes para as classes trabalhadoras, ao mesmo tempo em que se aprofunda na análise da realidade histórica onde se atua e nas formas como se pretende transformar a realidade, seja elas violentas ou não.
O que dizemos aqui é que o movimento social possui limites para transformar a realidade por sua própria característica mais reivindicativa e por sua estrutura mais frouxa, que facilita a repressão seletiva dos elementos mais combativos. Além disso, as instâncias dos movimentos sociais, por se preocuparem prioritariamente com problemas mais imediatos, não conseguem ter o tempo e o preparo suficientes para a construção de uma análise e a elaboração de um programa para a atuação mais eficaz na realidade onde se trabalha.
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